sábado, 11 de junho de 2016

TRANSMISSÃO DO ZIKA VÍRUS


A transmissão vertical do Zika vírus (da gestante para o bebê) ainda é uma hipótese, pois ainda não há evidências científicas suficientes que comprovem que o Zika vírus pode ser transmitido da mãe para o feto. O vírus de fato já foi localizado no líquido amniótico e no cérebro de alguns fetos, no entanto os estudos foram feitos com poucos bebês, logo não dá para afirmar categoricamente se existe esse tipo de transmissão e se ela ocorre em todos os casos.

A transmissão sexual do Zika vírus também vêm sendo apontada em alguns casos nos Estados Unidos e em outros paises. Todos eles envolvem mulheres cujos parceiros (homens) estiveram em países em que o vírus está em circulação ativa e também manifestaram sintomas da doença. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos está investigando se essas mulheres não tiveram contato com outras formas de transmissão, antes de poder afirmar que esse meio de transmissão é uma certeza. No entanto, ainda é preciso descartar completamente outras hipóteses e ainda não dá para considerar essa forma de transmissão uma tendência, já que os casos são muito poucos, principalmente quando comparados ao número de casos transmitidos pelo Aedes aegypti.

Já a transmissão pela saliva, urina ou leite materno ainda não foi confirmada. Apesar de o vírus ter sido nesses três fluídos de pessoas contaminadas com o Zika vírus, ainda não há relatos de quem tenha pego a doença por estes meios.

Há ainda a transmissão via transfusão sanguínea que tambem acontece. Até agora dois casos foram relatos em Campinas (SP), mas nenhum dos pacientes que receberão o sangue desenvolveram sintomas da doença. No entanto, ainda existe a hipótese de que essa transmissão possa ocorrer com gestantes ou até mesmo em transfusões de sangue intrauterinas. Por isso mesmo, testes mais ágeis estão sendo desenvolvidos. Um projeto da Fundação Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), conseguiu desenvolver um método que detecta a presença do Zika vírus no sangue usado em transfusões e será usado m um pequeno número de bolsas de sangue - 0,16% do estoque do banco de sangue - destinado a esse público-alvo.

Ministério da Saúde pretende incluir o Zika vírus no teste NAT, teste de DNA usado atualmente para detectar os vírus HIV e da hepatite B e hepatite C nas bolsas de sangue doados nos hemocentros nacionais. O desenvolvimento do novo teste NAT será feito pelo Laboratório Biomanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, em parceria com a Fiocruz do Paraná, que já são os criadores do teste anterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário