sábado, 11 de junho de 2016

SEM MICROCEFALIA MAS COM OUTROS PROBLEMAS 2016

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Atualmente o foco das investigações sobre malformações fetais ligadas ao Zika vírus tem se relacionado aos casos de crianças que apresentam microcefalia. No entanto, um estudo brasileiro publicado esta terça-feira dia 7 na revista científica The Lancet encontrou alterações neurológicas e oculares graves em bebês que tiveram contato com o Zika vírus, mas não nasceram com microcefalia.

No estudo de caso, os cientistas descrevem o quadro de uma criança pernambucana que nasceu com 38 semanas e perímetro encefálico de 33 centímetros, considerado normal para a idade. No entanto, ele apresentou lesões oculares semelhantes às detectadas pelos estudiosos em crianças com microcefalia. Além disso, a criança apresentava espasmos nos músculos dos membros inferiores e superiores no nascimento e uma tomografia computadorizada detectou calcificações cerebrais, algo comum em casos de microcefalia.

A mãe não apresentou sintomas de Zika vírus durante a gestação, mas outras doenças que podem causar malformações fetais (como& toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, HIV e dengue) também foram descartadas. Para tirar a teima, o exame de IgM para Zika vírus, que detecta anticorpos produzidos na fase aguda da doença, foi feito no bebê e deu positivo.

Para os cientistas, isso mostra que não é apenas a detecção de microcefalia que deve servir de critério para a definição da Síndrome Congênita do Zika vírus, já que crianças sem esse quadro específico também podem apresentar malformações relacionadas ao vírus.

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