“Sabemos que essa demanda será grande e virá de uma só vez, então não teremos como dar conta se não tivermos mais dinheiro. Essa situação nos preocupa muito. O que está acontecendo é uma atrocidade e uma irresponsabilidade”, avalia a gestora da Apae Rio, Tânia Athayde.
aguarda o tratamento
A coordenadora técnica da Pestalozzi e professora, Jussara da Silva Freitas, se antecipou ao problema e está em fase final de um programa feito por sua equipe para atender os futuros casos de microcefalia. Os números, no entanto, não são nada animadores. Segundo ela, o projeto prevê a avaliação de apenas mais 16 bebês por mês.
“Infelizmente, com as condições que temos hoje, só conseguimos chegar a esse número, mas a procura será muito maior e se, não tivermos apoio do poder público, nada poderemos fazer e isso nos entristece”, lamenta ela.
O projeto desenvolvido pela Pestalozzi será enviado à Secretaria Estadual de Saúde. Para Jussara, é preciso que os hospitais públicos estejam preparados para encaminhar o paciente às instituições, o que, segundo ela, não tem acontecido.
“Para atendermos é preciso ter encaminhamento do SUS. Infelizmente, a fase hospitalar não tem sido feita corretamente. Se não houver melhora nessa parte, muitas crianças vão deixar de se tratar”, alerta Jussara.
A partir do dia 13, 71 mil militares das Forças Armadas estarão em 30 cidades do Rio atuando no combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor da dengue, chikungunya e do zika.
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