segunda-feira, 20 de junho de 2016

CHIKUNGUNYA NA BAHIA

CHIKUNGUNYA

CHIKUNGUNYA NA BAHIA
O Ministério da Saúde atualizou os dados sobre a incidência de febre chikungunya no Brasil e revelou que o país já tem 828 casos da doença confirmados. Desses números, 155 tiveram confirmação laboratorial e 673 precisaram ser submetidos a critérios clínico-epidemiológicos. A Bahia concentra o maior número de pacientes com a doença: 458, sendo 371 em Feira de Santana, 82 em Riachão do Jacuípe, dois em Salvador, um em Alagoinhas, um em Cachoeira e um em Amélia Rodrigues.

Esses casos, chamados autóctones, pois foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão, ainda constam 330 no município de Oiapoque (AP) e um em Matozinhos (MG).

Além disso, o ministério registra 39 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

Prevenção - O Ministério da Saúde informa ainda que, desde que foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, foi elaborado um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.

Também, de acordo com o órgão, foram intensificadas as medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões com registro da febre, foram constituídas equipes, composta por técnicos das secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades.

Para controle dos mosquitos transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de casos suspeitos e eliminação de criadouros.

CHIKUNGUNYA MORTES NA BAHIA 2016

CHIKUNGUNYA

Bahia registra mortes por chikungunya em 2016
Duas pessoas morreram por chikungunya no estado da Bahia,estas pessoas moravam nas cidades de Jaguarari e Itiúba, ambas no norte do estado. A informação é da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), nesse sábado (16/1).

A informação das mortes foi divulgada na sexta-feira (15/1), em um relatório epidemiológico do Ministério da Saúde. Uma terceira pessoa também foi vítima da doença, só que no estado de Sergipe.

O ministério ainda informou que as vítimas eram idosas, com idades entre 75 e 85 anos. Todas apresentavam histórico de doenças crônicas. Conforme a Sesab, os casos da Bahia tiveram confirmação laboratorial para chikungunya.

No mês de outubro de 2015, a Secretaria de Saúde da cidade de Itiúba chegou a considerar que o município passava por um surto de chikungunya e zika vírus já que, em um mês, 65% da cidade estavam com sintomas das doenças.

A secretaria da cidade também informou que de agosto até outubro do ano passado (período apontado como surto), foram notificados 300 casos de zika e 175 chikungunya.

Segundo o relatório do Ministério da Saúde, o nordeste ficou em segundo lugar em número de notificações, atrás apenas do sudeste. Foram 311.519 casos notificados na região nordeste e 1.026.226, na região sudeste.

CHIKUNGUNYA ENTENDA MAIS

CHIKUNGUNYA
SINAIS E SINTOMAS
Febre acima de 39 graus, com início bastante repentino, e dores intensas nas articulações dores nos pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça intensa, dores nos músculos e manchas avermelhadas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.

Chikungunya
Como se identifica um caso suspeito?
O Ministério da Saúde definiu que devem ser consideradas como casos suspeitos todas as pessoas que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia (dor articular) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.

Após a picada do mosquito, em quantos dias ocorre o início dos sintomas?
De dois a dez dias, podendo chegar a 12 dias. Esse é o chamado período de incubação.

Se a pessoa for picada neste período, infectará o mosquito?
Isso pode ocorrer um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea. Este período é chamado de viremia.

Dor nas articulações também não ocorre nos casos de dengue?
Sim, mas a intensidade é menor. Em se tratando de Chikungunya, é importante reforçar que a dor articular, presente em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta principalmente pés e mãos (geralmente tornozelos e pulsos).

Existem grupos de maior risco?
O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.

As pessoas podem ter Chikungunya e dengue ao mesmo tempo?

Sim.



quinta-feira, 16 de junho de 2016

O QUE É FEBRE AMARELA 2016

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O que é febre amarela?
Esta é uma doença infecciosa causada por um arbovírus pertencente ao gênero flavivírus. Existem dois tipos de febre amarela, a do tipo urbana e a do tipo silvestre. Nas cidades a febre amarela é do tipo urbana e é transmitida através do mesmo mosquito que transmite a dengue,e o zika vírus. Este mosquito é o Aedes aegypti. A silvestre é uma febre amarela mais frequente em zonas rurais. Neste caso, quem transmite o vírus à população são, principalmente, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.

Não é, portanto, uma doença transmitida de pessoas para pessoas. Quando alguém contaminado é picado por um mosquito, este acaba contaminando outra pessoa ao picá-la também. São muito comuns primatas infectados com o vírus da febre amarela. A febre do tipo silvestre costuma ocorrer quando homens invadem o habitat destes primatas e, com isto, acabam sendo picados pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes.

Nas cidades já não é mais uma doença muito frequente. Nas zonas rurais ainda ocorrem alguns casos todos os anos. Em certos locais da América do Sul e da África esta é uma complicação que exige muita atenção. Quando não tratada a febre amarela pode levar à morte.

Como se pega esta doença
A transmissão da febre amarela é feita através de mosquitos que servem como vetores da doença. Estes mosquitos, ao picarem pessoas ou animais contaminados, acabam transmitindo o vírus ao picar pessoas saudáveis. Nas zonas rurais os mosquitos que transmitem a doença são, principalmente, dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Já nas cidades o vetor é o mesmo da dengue, o mosquito Aedes aegypti.

Quais são os sintomas?
Apesar dos diferentes tipos de febre amarela, os sintomas são basicamente os mesmos. É muito comum a presença de febre, de dores de cabeça, de vômitos, náuseas, calafrios e dores pelo corpo todo. A pele e os olhos ficam com uma aparência amarelada. Podem ocorrer hemorragias no nariz, nas gengivas, no intestino e no estômago.

Algumas pessoas podem não apresentar sintomas quaisquer, o que gera preocupação, pois a transmissão fica mais facilitada sem esta percepção. A doença leva cerca de 10 dias para desaparecer. Na grande maioria dos casos em 5 dias os sintomas já começam a ir embora. Entretanto, o quadro pode ficar bastante preocupante caso a pessoa não receba assistência médica adequada. Sérias complicações renais e de coração podem vir a surgir. Em certos casos a febre amarela pode resultar em morte.

Como é feito o diagnóstico?
Os sintomas desta doença são bastante parecidos com os de outras como dengue e malária. Por isto, o correto diagnóstico é de extrema importância para um bom resultado no tratamento. Levando isto em conta, muitos médicos realizam uma variedade de exames laboratoriais para confirmar o vírus e para verificar quais complicações já podem ser localizadas no organismo do paciente. Após a confirmação do caso, deve-se dar início imediato ao tratamento.

Como é o tratamento?
Não existem remédios específicos para o tratamento de febre amarela. Entretanto, os sintomas devem ser corretamente monitorados para que não haja complicações futuras. Para isto, o paciente diagnosticado com a doença deve permanecer em ambiente hospitalar recebendo reposição de líquidos e medicamentos para os sintomas quando necessário. Pode ser recomendado o uso de antitérmicos e o repouso deve ser absoluto.

Como prevenir?
A principal medida para a prevenção da febre amarela é a conscientização. Uma vacina contra a doença está disponível em todos os postos de saúde no Brasil inteiro e é totalmente gratuita. Ela pode ser aplicada logo no início da vida e tem duração de cerca de 10 anos. Portanto, não deixe de se vacinar.

É de extrema importância que pessoas que vão viajar para zonas de risco também tomem a vacina. Ela está disponível em todos os aeroportos brasileiros e deve ser tomada alguns dias antes da viagem.

MICROCEFALIA CAUSAS,SINTOMAS,TRATAMENTO 2016

MICROCEFALIA


CAUSAS CONGÊNITAS
Diabetes materna não controlada pode causar; Hipotiroidismo materno; Insuficiência placentária; Consumo de álcool, drogas; Anomalias genéticas; Desnutrição; Exposição a radiação de bombas atômicas; Infecções durante a gravidez, especialmente rubéola, citomegalovírus e toxoplasmose.

Pós Natais
Má formação do metabolismo; Síndromes como: de Rett, de Cornélia de Lange, Cri du chat, Rubinstein- Taybi, Sechel, Smith-

Lemli-Orttz, Edwards, Down e Grito do Gato; Infecções Intra-craneais (Encefalite e Meningite); Trissomia 13 ou 16; Intoxicação por cobre ou mercúrio; Hipotiroidismo infantil; Anemia crônica infantil; Traumas disruptivos (como AVC); Insuficiência renal crônica.

A Microcefalia é caracterizada quando a cabeça da criança, com um ano e três meses é menor que 42 centímetros. Isso acontece devido ao fato dos ossos da cabeça, que estão separados ao nascer se unirem muito cedo, impedindo o crescimento do cérebro dentro da caixa craniana.

Sintomas desta doença
O sintoma mais característico é o tamanho da cabeça proporcionalmente menor do que a de crianças do mesmo sexo e idade. A Microcefalia primária promove hipertonia muscular generalizada, paralisia, convulsões e atraso mental.

A Microcefalia secundária vária segundo o tipo de gravidade da malformação. Na maioria dos casos s funções cerebrais são pouco desenvolvidas, provocando assim um profundo atraso mental.

Crianças podem apresentar: Atraso Mental; Déficit Intelectual; Paralisia; Convulsões; Rigidez dos Músculos.

Diagnóstico
É feita a medição do tamanho da cabeça, medindo-a em torno do seu topo, (região mais larga) chamada de perímetro cefálico. Com um padrão já bem estabelecido de crescimento, as medidas tomadas serão comparadas a outras do percentil, também apuradas de outras crianças normais.

Os crânios em condições normais, no momento do nascimento, possuem um perímetro de variável entre 33 a 36 centímetros e aumentam no decorrer dos primeiros anos de vida e acompanham o crescimento do encéfalo. Nos primeiros seis meses o crescimento é avançado, após o nascimento (7 a 8 centímetros) chegando aos 46 a 48 centímetros, no final do primeiro ano de vida.

Crianças com Microcefalia apresentam crescimento abaixo da média. Será pedido por um médico, um histórico completo do pré-natal do paciente com essa anomalia e também do seu nascimento e crescimento. Será feito um exame físico, incluindo exame neurológico.

Um histórico familiar para se aferir medidas da cabeça dos pais no intuito de averiguar se há caso de microcefalia na família.

Exames de tomografia computadorizada, ressonância magnética e exames sanguíneos, vão ajudar na avaliação das reais origens da patologia instalada.

Entrar em contato com o diagnóstico da Microcefalia pode ser muito difícil para os pais, podendo gerar diversos sentimentos como profunda tristeza, culpa, medo, raiva, por isso é aconselhável à procura de:

Ajuda de profissionais que já lidam com o problema e estão aptos a dar um suporte para lidar com a situação, inclusive emocionalmente, terapeutas experientes.

Buscar também a proximidade de outras famílias que passam pela mesma situação e encontrar assim um apoio psicológico emocional.

Você já leu sobre a relação do Zika Vírus com a Microcefalia?

Tratamento da doença
Não há tratamento da Microcefalia, mas existem procedimentos para amenizar os efeitos da ocorrência, no que diz respeito ao desenvolvimento mental da criança.

A cirurgia realizada nesse caso, é feita no momento em que o fechamento dos ossos da cabeça é constatado, no período dos dois primeiros meses de vida do bebê e o procedimento visa abrir as suturas dos ossos, evitando que o crânio se feche, comprimindo o cérebro, impossibilitando-o de crescer.

Quando a Microcefalia é tardiamente detectada, o tratamento visa diminuir as consequências e sequelas provocadas pela anomalia e refletidas na criança de maneira a debilitar o seu desenvolvimento intelectual.

Como não é possível converter o quadro da doença depois de instalado, o que se deve fazer é lançar mão de terapias que venham melhorar a qualidade de vida da criança, estimulando suas possibilidades como a fala e sua criatividade. Fisioterapia, terapia ocupacional e outras formas de estimular a criança no seu desenvolvimento motor, intelectual e emocional.

Como se Prevenção desta doença
Se houver histórico na família da Microcefalia, é viável preveni-la consultando um geneticista antes de engravidar e expor-se a essa possibilidade. Efetuar o pré-natal esquivando-se do uso de drogas, álcool, durante a gestação e se ater a todos os cuidados referentes às causas abordadas no estudo para evitar as consequências.

FEBRE AMARELA SINTOMAS E TRATAMENTO 2016

FEBRE AMRELA,ZIKA,DENGUE

 segundo o doutor arthur frazão
Os sintomas da febre amarela surgem cerca de 3 a 6 dias após a picada de um mosquito infectado com o vírus, sendo esta chamada de fase aguda da doença.

Depois da fase aguda, os sintomas podem desaparecer por 1 ou 2 dias, porém rapidamente surgem outros sintomas, mais graves, que podem levar à morte, dando origem à fase tóxica da febre amarela.

 Os sintomas da fase aguda incluem:
Febre alta;
Mal-estar geral;
Dor em todo o corpo e dor muscular, principalmente nas costas e joelhos;
Sensibilidade à luz;
Náuseas e vômitos;
Perda de apetite;
Tonturas.

Já os sintomas da fase tóxica incluem:
Icterícia, caracterizada pela pele e olhos amarelos;
Dor abdominal;
Vômitos com sangue;
Sangramentos pelo nariz, boca e olhos;
Doença dos rins e do fígado;
Problemas cardíacos;
Convulsões.

A febre amarela não se transmite entre pessoas, sendo transmitida apenas pela picada do mosquito e, por isso, a única medida de prevenção para a febre amarela é através da vacinação. Veja quando deve ser feita a vacina contra febre amarela.

Sintomas da Febre Amarela
O que fazer em caso de suspeita

Em casos de suspeita de febre amarela é muito importante ir rapidamente a um pronto-socorro para fazer um exame de sangue e confirmar a presença do vírus. É também aconselhado não tomar nenhum medicamento em casa, pois podem conter substâncias que piorem os sintomas da doença.

Todos os casos de febre amarela devem ser sempre notificados para as autoridades sanitárias, pois esta é uma doença com alto risco de provocar um surto.

Como é feito o tratamento
O tratamento da febre amarela serve apenas para aliviar os sintomas da doença, pois não há nenhum tratamento para eliminar o vírus. Dessa forma, normalmente é feito com internamento no hospital para fazer remédios analgésicos e antitérmicos, como o Paracetamol, diretamente na veia, de forma a reduzir as dores e a febre.

Durante o tratamento, é muito importante evitar tomar medicamentos com ácido acetilsalicílico, como a aspirina, pois essa substância aumenta o risco de desenvolver hemorragias, que podem colocar em risco a vida.
O tratamento para febre amarela deve ser orientado por um clínico geral e, normalmente, consiste apenas em aliviar os sintomas da doença, como febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos, uma vez que não existe um remédio específico para tratar o vírus que provoca a febre amarela.

Desta forma, a maior parte dos casos de febre amarela podem ser tratados com repouso em casa e:

Ingestão de 2 litros de água por dia ou água de coco, por exemplo, para evitar desidratação provocada pelos vômitos;
Uso de remédios antipiréticos, como o Paracetamol, de 8 em 8 horas para diminuir a febre e a dor de cabeça;
Ingestão de analgésicos, como Ibuprofeno ou Nimesulida, para aliviar as dores musculares.
Além disso, é importante evitar sair na rua durante o tratamento para evitar transmitir a doença através das picadas de mosquitos. Veja uma forma caseira de aliviar os sintomas em: Remédio caseiro para febre amarela.

Nos casos mais graves, o tratamento deve ser feito em internamento no hospital com soro e remédios na veia, assim como oxigênio para evitar complicações graves, como a desidratação, que podem colocar em risco a vida do paciente.

Sinais de melhora da febre amarela
Os sinais de melhora da febre amarela surgem 2 a 3 dias após o início do tratamento e incluem diminuição da febre, alívio das dores musculares e da dor de cabeça, assim como redução do número de vômitos.

Sinais de piora da febre amarela

Os sinais de piora da febre amarela estão relacionados com a desidratação e, por isso, incluem aumento do número de vômitos, diminuição da quantidade de urina, cansaço excessivo e apatia. Nestes casos, é recomendado ir ao pronto-socorro para iniciar o tratamento adequado.

TIPOS DE DENGUE 2016

DENGUE
Tipos de dengue

O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos os tipos de dengue causam os mesmo sintomas.

Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes.

 Estratégias para se proteger contra a dengue
 você sabe como agir e o que evitar?
Caso ocorra um segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para formas mais graves da dengue, como a dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue.

Na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas da dengue, combatendo o vírus sem nem saber que ele está em seu corpo. Para aqueles que apresentam sintomas, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de quatro formas:

Dengue clássica
A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, entre outros.

Dengue hemorrágica
A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez. Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas.

Síndrome do choque da dengue
A síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode levar a óbito.

Causas
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida.

O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.

A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito da dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento.

A fêmea do Aedes aegypti também transmite as seguintes doenças febre chikungunya e a febre Zika.

PREVENÇÃO DA DENGUE 2016

DENGUE

Prevenção
O mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus e suas larvas nascem e se criam em água parada. Por isso, evitar esses focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a dengue! Veja como eliminar o risco:

Evite o acúmulo de água parada
O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.

Coloque areia nos vasos de plantas
O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.

 Previna a doença com cuidados simples  
Coloque desinfetante nos ralos
Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de dengue devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado com desinfetante regularmente.

Limpe as calhas
Grandes reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais produtivos de dengue, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.

Coloque tela nas janelas para evitar a entrada do mosquito
Embora não seja tão eficaz, uma vez que as pessoas não ficam o dia inteiro em casa, colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito da dengue. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.

Lagos caseiros e aquários
Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de dengue deixou muitas pessoas preocupadas. Porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.

Seja consciente com seu lixo
Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.

Desvende mitos e verdades sobre a dengue
Gripe ou dengue: você reconhece as diferenças?
Uso de inseticidas e larvicidas
Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela Secretaria de Vigilância em Saúde têm eficácia comprovada, sendo preconizados por um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.

Os larvicidas servem para matar as larvas do mosquito da dengue. São aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate a dengue coloca nos ralos, caixas d'água, enfim, nos lugares onde há água parada que não pode ser eliminada.

Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização, que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o mosquito tem hábitos diurnos. O fumacê, como é chamado, não é aplicado indiscriminadamente, sendo utilizado somente quando existe a transmissão da dengue em surtos ou epidemias. Desse modo, a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada em um momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas. Os inseticidas domésticos também são eficazes, desde que tenham explicitado na embalagem a proteção contra o mosquito da dengue.

Algumas vezes, os mosquitos e larvas da dengue desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.

 Conheça as armadilhas da sua casa faça uso de repelente
O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método paliativo para se proteger contra a dengue. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

Suplementação vitamínica do complexo B
Tomar suplementos de vitaminas do complexo B pode mudar o odor que nosso organismo e exala um aroma diferente do comum, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente natural. Outros alimentos de cheiro forte, como o alho, também podem ter esse efeito. No entanto, a suplementação deveria começar a ser feita antes da alta temporada de infecção do mosquito, e nem isso garante 100% de proteção contra a dengue. A estratégia deve se somar ao combate de focos da larva do mosquito, ao uso do repelente e à colocação de telas em portas e janelas, por exemplo.


SINTOMAS DA DENGUE 2016

DENGUE
Sintomas da dengue clássica
Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre 5 a 7 dias. Os principais sinais são:

Febre alta com início súbito (39° a 40°C)
Forte dor de cabeça
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos
Perda do paladar e apetite
Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores
Náuseas e vômitos
Tontura
Extremo cansaço
Moleza e dor no corpo
Muitas dores nos ossos e articulações
Dor abdominal (principalmente em crianças).

Sintomas da dengue hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue clássica. A diferença é que a febre diminui ou cessa após o terceiro ou quarto dia da doença e surgem hemorragias em função do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos.

Quando acaba a febre começam a surgir os sinais de alerta:
Dores abdominais fortes e contínuas
Vômitos persistentes
Pele pálida, fria e úmida
Sangramento pelo nariz, boca e gengivas
Manchas vermelhas na pele
Comportamento variando de sonolência à agitação
Confusão mental
Sede excessiva e boca seca
Dificuldade respiratória
Queda da pressão arterial.
Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque. Embora a maioria dos pacientes com dengue não desenvolva choque, a presença de certos sinais alertam para esse quadro:
Dor abdominal persistente e muito forte
Mudança de temperatura do corpo e suor excessivo
Comportamento variando de sonolência à agitação
Pulso rápido e fraco
Palidez
Perda de consciência.
A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.

Gripe x Dengue

Muitos casos de dengue são descobertos e tratados geralmente tardiamente pelas semelhanças que a doença possui com a gripe, deixando o paciente menos preocupado em encontrar um tratamento adequado. Há situações também em que a pessoa pode desconfiar de dengue, mas que uma simples análise dos sintomas pode eliminar essa suspeita. A principal diferença entre a febre da dengue para a da gripe é que, no caso da gripe, surgirão sintomas respiratórios normalmente nas primeiras 24 horas após o início da febre. Além disso, espirros, tosse e a produção de muco no nariz são sintomas comuns da gripe. A dengue não causa sintomas respiratórios por que o mecanismo da doença não afeta o sistema respiratório, como é o caso da gripe.

DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DA DENGUE 2016

DENGUE,ZIKA VÍRUS
Diagnóstico de Dengue
Se você suspeita de dengue, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais próxima de sua casa. Os médicos farão a suspeita clínica com base nas informações que você prestar, mas o diagnóstico de certeza é feito com o exame de sangue para dengue ou sorologia para dengue. Ele vai analisar a presença do vírus no seu sangue e leva de três a quatro dias para ficar pronto. No atendimento, outros exames serão realizados para saber se há sinais de gravidade ou se você pode manter repouso em casa.

Dengue: como proceder ao desconfiar da doença?

Fígado aumentado (hepatomegalia)
Pressão baixa
Erupções cutâneas
Olhos vermelhos
Garganta vermelha
Glândulas inchadas
Pulsação fraca e rápida.
Os exames podem incluir:

Testes de coagulação
Eletrólitos
Hematócrito
Enzimas do fígado
Contagem de plaquetas
Testes serológicos (mostram os anticorpos ao vírus da dengue)
Teste do torniquete: amarra-se uma borrachinha no braço para prender a circulação. Se aparecerem pontos vermelhos sobre a prele, é um sinal da manifestação hemorrágica da doença

 tratamento e cuidados
Tratamento de Dengue
Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue, é possível tratar os sintomas decorrentes da doença, ou seja, fazer um tratamento sintomático. É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.

 Como ocorre a transmissão da doença o que é dengue??

Pacientes com dengue ou suspeita de dengue devem evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.

O paracetamol e a dipirona são os medicamentos de escolha para o alívio dos sintomas de dor e febre devido ao seu perfil de segurança, sendo recomendado tanto pelo Ministério da Saúde, como pela Organização Mundial da Saúde.

Complicações possíveis
A síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode levar a óbito.

Outras possíveis complicações da dengue incluem:

Convulsões febris em crianças pequenas
Desidratação grave
Sangramentos.
Expectativas
No caso da dengue clássica, a febre dura sete dias, mas a fraqueza e mal estar podem perdurar por mais tempo, às vezes por algumas semanas. Embora seja desagradável, a dengue clássica não é fatal. As pessoas com essa doença se recuperam completamente.

No entanto, é muito importante ficar atento aos sinais de alerta da manifestação da dengue hemorrágica, que são, principalmente, os sangramentos no nariz, boca e gengiva, além das manchas vermelhas pelo corpo. Essa forma de dengue quando não tratada rapidamente pode levar a óbito.

COMO CUIDAR DA DENGUE 2016

Felizmente, esta doença viral é geralmente auto-limitada e hidratação e controle da dor geralmente adequada vai ajudar a pessoa através da infecção. No entanto, para a dengue, uma advertência é dada pela maioria dos médicos sobre o tratamento em casa. Agentes anti-inflamatórios não-esteróides (por exemplo, aspirina (Bayer, Ecotrin ), ibuprofeno ( Motrin ), e outros AINEs) devem ser evitadas por causa da tendência de os vírus de dengue para causar hemorragias. Os AINEs podem adicionar aos sintomas de hemorragia. Outros medicamentos, tais como acetaminofeno ( Tylenol ), codeína , ou outros agentes que são não podem ser utilizados AINEs.

Variações mais graves de dengue (hemorrágica e síndrome do choque) geralmente necessitam de tratamentos adicionais de apoio; estes pacientes muitas vezes requerem hospitalização. IV hidratação fluido, transfusões de sangue, as transfusões de plaquetas, o apoio da pressão arterial, e outras medidas de cuidados intensivos podem precisar de ser utilizada nestes pacientes. Consulta com especialistas em doenças infecciosas e de cuidados de crítica muitas vezes é aconselhado para otimizar o atendimento ao paciente.

Cuidando da dengue em casa

atendimento domiciliar para a dengue é simplesmente cuidados de suporte. Uma boa hidratação oral, controle da dor com Tylenol (ou outro não-AINEs, porque os AINEs podem causar hemorragia) é geralmente o tratamento adequado para a maioria das pessoas. No entanto, não há papel para atendimento domiciliar em pacientes com dengue hemorrágica ou para a síndrome do choque da dengue; dependendo da condição do paciente, muitos médicos consideram estas condições ser emergências médicas.

extrato de folha de mamão tem sido usado para ajudar a aumentar os níveis de plaquetas em alguns pacientes com dengue, mas os pesquisadores alertam que estudos definitivos ainda não estão disponíveis, que confirmam a utilidade deste tratamento. Os pacientes devem consultar seus médicos antes de usar este remédio.

Quais são as complicações da Dengue  

As complicações da dengue são normalmente associados com as formas mais graves da dengue: hemorrágica e síndrome do choque. As complicações mais graves, embora raros, são as seguintes:

Desidratação
Sangramento (hemorragia)
plaquetas baixas
Pressão arterial baixa ( hipotensão )
ritmo cardíaco lento (bradicardia)
fígado danos
Danos neurológicos ( convulsões , encefalite )e a 
Morte

segunda-feira, 13 de junho de 2016

TESTE RAPÍDO DO ZIKA VIRÚS



O teste diferentemente de outros que usavam a técnica “PCR”, que detecta apenas o vírus em si e demorava semanas para apresentar resultado. “Este teste permite encontrar não o vírus, mas a resposta do organismo ao vírus. O teste anterior precisava ser levado a laboratório. Este aqui é rápido e basta separar o soro do sangue e já temos o resultado em 20 minutos. O diagnóstico é sorológico”, explicou o secretário de Saúde Fábio Vilas Boas, durante o lançamento do teste. Em fevereiro, a Anvisa aprovou um teste sorológico de uma empresa canadense para diagnosticar o vírus da zika no país.

TESTE RÁPIDO DO ZIKA VÍRUS DIAGNOSTICO 2016


Segundo o secretário de Saúde da Bahia, com o teste rápido, é possível ampliar o acesso ao diagnóstico em qualquer posto de saúde do país. "O Ministério da Saúde deverá anunciar o seu protocolo para utilização de testes rápidos, de acordo com a Política Nacional de Saúde. Esse teste será oferecido ao SUS de todo país e distribuído aos postos de saúde, UPAs e laboratórios. A previsão é que, após a ordem de compra do Ministério da Saúde, estejamos entregando [o primeiro lote de testes] em 30 dias", disse Vilas Boas.
Exame rápido foi apresentado em coletiva nesta terça feira.

O dispositivo para teste rápido é composto por dois itens, que utilizam uma pequena amostra do soro do paciente. O primeiro reage ao anticorpo denominado “IgM” e faz o diagnóstico de infecções recentes, de até duas semanas. Já o segundo reage ao anticorpo “IgG, que identifica infecções há mais tempo.
Se o resultado for negativo, o dispositivo apresentará apenas um indicador vermelho e, se for positivo, aparecem dois indicadores vermelhos.
Laboratório
O teste rápido foi desenvolvido por meio de parceria entre a Bahiafarma e a empresa sul-coreana Genbody. A pesquisa durou dez meses, e o teste já tem registro da Anvisa, que liberou o uso no dia 30 de maio. O diretor da BahiaFarma, Ronaldo Dias, diz que ainda não é possível avaliar o custo de cada um dos testes e o valor de comercialização, porque dependem da quantidade de exames que a BahiaFarma vai produzir.
"O custo desse produto está relacionado a quantidade que vai ser utilizada. O uso é totalmente novo. Não se existia uma ferramenta epidemiológica para inquéritos até o momento. Estamos trabalhando para que tenha o menor custo possível, para ampliar o acesso à população nesse momento”, afirma Dias.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), nos últimos 12 meses, foram notificados 105 mil casos suspeitos de zika na Bahia. Somente em 2016, até o dia 5 de maio, foram 36.725 casos registrados.
Zika teste rápido 02 (Foto: Juliana Almirante/G1)
Previsão inicial de produção é de 500 mil testes por mês

MINISTRO DA SAÚDE ACOMPANHA TESTE RÁPIDO DO ZIKA VÍRUS EM SALVADOR

Ministro da Saúde, Ricardo Barros (à direita) visitou local onde teste é desenvolvido, em Salvador (Foto: Camila Souza/GOVBA)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou Salvador, na manhã desta segunda-feira (13), para conhecer o teste sorológico rápido de identificação do vírus da Zika, que apresenta resultado em 20 minutos. O exame é desenvolvido na Bahia pela Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (BahiaFarma), em parceria com o Senai-Cimatec, para atender a demanda do Ministério da Saúde, com previsão inicial de produção de 500 mil testes por mês. Durante a visita, Barros falou sobre a intenção do governo federal em utilizar a iniciativa nacionalmente, no Sistema Único de Saúde (SUS).
Teste é desenvolvido pela BahiaFarma em parceria com o Senai-Cimatec (Foto: Camila Souza/GOVBA)
Teste é desenvolvido pela BahiaFarma em parceria

De acordo com o ministro, assim que forem finalizados todos os procedimentos, será efetuada compra dos volumes dos testes junto à BahiaFarma, laboratório farmacêutico público ligado ao governo do estado.

O teste já foi registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda passará por avaliação de qualidade. “Nós vamos aguardar a negociação de preço, ver o volume que podemos comprar e vamos estabelecer a população em situação de risco que receberá a prioridade. A população de risco será atendida em primeiro lugar", destacou o ministro.
Barros informou que um dos objetivos é atender gestantes, devido aos riscos que a doença leva aos bebês.
 "Desde já, é importante que tenhámos a capacidade de atender as mulheres em idade fértil e gestantes, por causa dos riscos de má formação congênita e microcefalia relacionados ao vírus. São iniciativas como essa que demonstram a qualidade do nosso corpo científico que desenvolvem tecnologia no Brasil”, destacou.

O vice-governador da Bahia, João Leão, e o secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, acompanharam a visita do ministro. Segundo Vilas-Boas, o processo de autorização do Ministério tem recebido prioridade e algumas etapas legais ainda precisam ser cumpridas para a absorção do teste e incorporação pelo SUS.
“Esse é um processo junto ao Ministério que já dura seis meses. Assim que for aprovado, temos condições de fornecer, de imediato, 100 mil testes rápidos. A nossa capacidade de produção é de até 500 mil unidades do exame, mensalmente, o que atende à demanda nacional. Ainda assim, solicitamos ao Ministério da Saúde recursos na ordem de R$ 7 milhões para investir na produção e ampliar ainda mais a nossa capacidade”, explicou o secretário estadual.

O teste foi lançado na Bahia no dia 31 de maio. É o primeiro teste rápido nacional para vírus da zika. De acordo com a fundação, esse é o primeiro teste rápido  realizado nacionalmente que obteve autorização da Anvisa para ser produzido e comercializado no país.

O exame detecta a doença em qualquer fase, porque faz o diagnóstico por meio dos anticorpos desenvolvidos pela pessoa infectada.
O teste é diferente de outros que usavam a técnica “PCR”, que detecta apenas o vírus em si e demorava semanas para apresentar resultado. “Este teste permite encontrar não o vírus, mas a resposta do organismo ao vírus. O teste anterior precisava ser levado a laboratório. Este aqui é rápido e basta separar o soro do sangue e já temos o resultado em 20 minutos. O diagnóstico é sorológico”, explicou o secretário de Saúde Fábio Vilas Boas, durante o lançamento do teste. Em fevereiro, a Anvisa aprovou um teste sorológico de uma empresa canadense para diagnosticar o vírus da zika no país.

TESTE RÁPIDO DO ZIKA SERA DISTRIBUÍDO PELO SUS

TESTE RÁPIDO DO ZIKA SERA DISTRIBUÍDO PELO SUS
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, acompanhou hoje, em Salvador, a avaliação de qualidade do teste rápido de zika. A distribuição do teste à população ainda depende da aprovação pelo Instituto Nacional de Controle e Qualidade, segundo o ministro.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou o laboratório que produz o teste rápido de zika e unidades de saúde que atendem a bebês com microcefalia  hoje em Salvador 
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou o laboratório que produz o teste rápido de zika e unidades de saúde que atendem a bebês com microcefalia em Salvador Sayonara Moreno/Agência Brasil 
“Assim que tivermos essa confirmação, poderemos fazer a negociação e já estamos discutindo a quantidade e valores para que possamos consolidar esse kit para a rede de saúde. Vamos aguardar a negociação e estabelecer as populações que devem ser atendidas em primeiro lugar”, disse.

O teste, desenvolvido pela Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma), fornece o diagnóstico de zika em 20 minutos. Além disso, detecta se o organismo já foi ou ainda está infectado pelo vírus.

Atualmente, o teste de zika disponível na rede pública de saúde utiliza o método PCR (que detecta o material genético do vírus), mas isso só ocorre quando o paciente está infectado e o resultado pode demorar semanas.

O presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias, disse que em até dois meses o Ministério da Saúde deve solicitar a fabricação dos kits em larga escala para iniciar a distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Federação da Cruz Vermelha monitora ações contra zika e dengue no Brasil
“Atualmente, o laboratório tem a capacidade de fabricação de 100 mil testes, por mês, mas precisaríamos de R$ 6,8 milhões, já solicitados ao Ministério da Saúde, para que tenhamos a capacidade de fabricação de até 500 mil unidades do teste. Esse investimento será direcionado à aquisição de tecnologias vindas da Coreia do Sul”, explicou.

Segundo o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Villas Boas, o laboratório “já está muito próximo” da oferta do novo teste à população.

“O ministério ainda deve definir os protocolos de aplicação do teste, com prioridade. Os testes chegarão aos postos de saúde depois que o MS determinar a ordem de compra. Já estamos há seis meses cumprindo as etapas necessárias.”

domingo, 12 de junho de 2016

MICROCEFALIA E ZIKA VÍRUS DUVIDAS FREQUENTES


 A ultrassonografia é precisa no diagnóstico da microcefalia?

Ana Elisa: A ultrassonografia é precisa no diagnóstico de microcefalia. A ultrassonografia é capaz de identificar outras características, outras malformações cerebrais que poderiam determinar a microcefalia também e que não estariam relacionadas com o zika.

Existem casos em que só podem descobrir depois que nascem?

Tânia Saad: Sim. Se o contato com o vírus acontecer depois do segundo trimestre da gravidez pode não haver tempo suficiente para aparecer na ultrassonografia. Então, muitas vezes, depois da 30ª, 32ª semana é que objetivamente pode começar a ver indícios da microcefalia, quando a mulher, por exemplo, é infectada com dois meses, dois meses e meio de gestação o que seria aproximadamente 10 a 12 semanas.

O que deve ser feito quando um bebê nasce com microcefalia?

Ana Elisa: A criança com microcefalia será investigada em relação às infecções que podem estar relacionadas. Ela será submetida a exames de imagem para coletar mais informações. Um acompanhamento específico, com uma equipe multiprofissional irá apontar o tipo de deficiência que esta criança irá apresentar e quais as medidas que vão ser tomadas para tratar essas deficiências para que a criança possa ter um bom desenvolvimento dentro do possível.

Qual o acometimento de crianças com microcefalia?

Marcio Nehab: A criança que tem microcefalia pode ter o acometimento cerebral ou pode ter outras malformações do sistema nervoso central, levando a graus variáveis de sequelas. A microcefalia pode parecer nova para a população em geral, mas esse diagnóstico de qualquer tipo de deficiência é uma questão que o IFF está acostumado a lidar há muitos anos. A gente tem uma equipe multiprofissional que lida com crianças com diversas patologias, não só a do sistema nervoso central.

Toda mãe que teve zika terá um bebê com microcefalia?

Ana Elisa: Pouco se conhece sobre o vírus zika e outros fatores poderiam estar influenciando a passagem deste vírus pela barreira placentária. Podem ter outros fatores que estejam propiciando a microcefalia. Contudo, podemos afirmar que nenhuma infecção que ocorra durante a gravidez tem uma taxa de 100% de transmissão para o feto. E quando tem infecção no feto, elas não se manifestam da mesma forma. Por ser um assunto novo, não tem como a gente afirmar qual é essa taxa de transmissão e qual a chance do feto desenvolver a doença.

Como é feito o diagnóstico de microcefalia?

Tânia Saad: O diagnóstico da microcefalia não é só a avaliação do perímetro encefálico. Para considerar o tamanho da cabeça do bebê, é preciso observar o momento em que este bebê nasceu. Se ele é prematuro, terá uma cabecinha menor, mas também terá um corpinho menor. É preciso considerar a relação entre a curva do perímetro encefálico, a curva do peso e a curva da estatura da criança; observar se existe a proporção entre o rostinho do bebê e o crânio, ou seja. Ver se não está sobrando pele sobre o crânio, que são elementos que vão ajudar nesse diagnóstico. Além disso, é preciso realizar o exame neurológico e muitas vezes no primeiro exame já é possível observar algumas alterações do desenvolvimento desse bebê. Ele é mais durinho do que deveria ser, às vezes é um pouco mais alheio. Estas são situações que ajudam também a fechar esse diagnóstico. Não só o tamanho da cabecinha.

A microcefalia tem algum tratamento?

Tânia Saad: A microcefalia tem tratamento, mas não é um tratamento específico, depende do acometimento e grau que a criança vai apresentar. Uma vez que ela tenha sido diagnosticada, será necessário cuidar das suas necessidades: fisioterapia, se ela estiver mais rígida, se estiver evoluindo com atraso no desenvolvimento; fonoaudiologia, se tiver dificuldade para engolir; terapia ocupacional para ensinar o bebê para que que servem os movimentos que a fisioterapia vai ajudar a desenvolver; fisioterapia respiratória para que ele possa respirar melhor; neuropediatria porque ele pode desenvolver crises convulsivas; a própria pediatria, gastrenterologia, nutricionista para ajudar essa criança a ter uma boa curva de peso, para que ela possa suportar bem todas as intervenções de interdisciplinaridade que vai precisar. Dependendo do acometimento, vai precisar de mais ou menos suporte.

O que a criança que nasce com microcefalia tem de deficiência?

Márcio Nehab: É impossível dizer qual acometimento cerebral ela vai ter. Ela pode ter retardo mental, paralisia cerebral, epilepsia, atraso no desenvolvimento global. Existem diversas manifestações clínicas do acometimento cerebral, levando a diferenças em relação ao prognóstico dessas crianças. Algumas crianças podem desenvolver um grau de microcefalia pequeno e que não tem nenhum acometimento cerebral. Isso pode acontecer. Existem tem gradações de microcefalia, inclusive, a Sociedade Americana de Neurologia classifica em microcefalia e microcefalia severa.

Qual o conselho para as mulheres que desejam engravidar no momento?

Leonardo Menezes: Esse é um risco que deve ser dividido. Mas como infectologista, acredito que o mais prudente é postergar a gravidez, caso haja a possibilidade, até para a gente entender melhor o que está acontecendo. Não há ainda subsídios clínicos de entendimento sobre essa doença para poder dizer por quanto tempo isso vai acontecer. A gente precisa ter tempo para entender o que está acontecendo para ter uma resposta mais fidedigna em relação ao zika.

Uma criança já nascida pode ter microcefalia se a mãe pegar zika?

Leonardo Menezes: Não. A microcefalia não é uma doença transmissível, ela está associada a uma deficiência no crescimento do cérebro, dado pela doença intraútera, ou seja, uma infecção que ocorre dentro da barriga da mãe.

O zika pode causar problemas para crianças que já nasceram?

Leonardo Menezes: A zika, assim como outras doenças, quando se pega fora da barriga da mãe não traz tantos problemas. O problema é quando a infecção ocorre ainda na formação do bebê, no primeiro trimestre da gravidez. Habitualmente, o indivíduo que já nasceu não tem um impacto clínico ou sequelas.

O zika tem o mesmo efeito em crianças e adultos?

Leonardo Menezes: Os sintomas da zika em crianças são semelhantes aos dos adultos: manchas com vermelhidão na pele, principalmente nas extremidades, que podem coçar; febre baixa; dor nas pequenas articulações; dor de cabeça; enjoo e conjuntivite leve, sem pus.

É verdade que a vacina contra a rubéola vencida é a causa do surto de microcefalia?

Leonardo Menezes: Este boato não tem fundamento. E, do ponto de vista técnico, acredito que nem o Ministério da Saúde nem as autoridades competentes dariam vacina vencida para qualquer cidadão do país.

A prevalência de infecção por vírus zika em grávidas que tiveram filhos com microcefalia é significantemente maior do que as grávidas que tiveram filhos sem microcefalia?

Leonardo Menezes: O que há atualmente é um rumor, com alguma evidência do ponto de vista de aumento da incidência da Zika, associada ao aumento de casos de microcefalia. A estatística é fundamental para começar a mostrar alguma relação entre zika e microcefalia, mas ainda não há um estudo pronto, até pela questão do tempo. Podemos ter infecção por zika em mulheres e isso não quer dizer necessariamente que uma infecção causa a microcefalia que estamos observando. 

Uma mãe que já teve zika em algum momento da vida é capaz de ter um bebê com microcefalia?

Leonardo Menezes: Não há um risco maior da criança nascer com microcefalia se a mãe já tiver contraído zika no passado. Por exemplo, se uma mulher que teve a doença há um ano e engravidar hoje não terá problema maior. As infecções congênitas que levam a alterações fetais geralmente acontecem quando o paciente tem a infecção no momento da gravidez.

Uma pessoa que esteja com zika deve evitar algum tipo de medicamento como acontece no caso da dengue?

Leonardo Menezes: A dengue tem um problema maior com medicamentos porque a doença costuma cursar com a baixa de plaquetas, e estas são fundamentais na coagulação do sangue. E quando o paciente toma um anti-inflamatório, como o AAS, Ibuprofeno, o remédio inibe a adesão de plaquetas. No caso da zika, a diminuição de plaquetas não é um fenômeno muito encontrado, mas, por precaução, deve-se evitar medicamentos como anti-inflamatório e tomar o paracetamol ou dipirona.

O antialérgico pode ser indicado para zika?

Leonardo Menezes: Os antialérgicos podem ser dados como medicamentos paliativos, mas não há indicação formal para esse tipo de medicamento nessa patologia. 

As receitas caseiras podem ser usadas para o tratamento da zika?

Leonardo Menezes: Não. As receitas que não têm validade do ponto de vista científico. Como membros da academia da ciência, a gente não pode recomendar uma intervenção deste tipo. Assim como no caso de repelentes caseiros e outras sugestões que falam em uma situação como esta que estamos vivendo.

Há vacina contra o vírus zika?

Leonardo Menezes: Não. Ainda não há conhecimento suficiente sobre a doença para se criar uma vacina eficaz no combate.